quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pagina verde


como dizia o maestro Antonio Carlos Jobim,antes mesmo da palavra ecologia ser utilizada,ele já tinha uma relação muito forte com a natureza Sua mùsica já tinha como temática os índios, as matas ,o rio, os pássaros... E mesmo sem ser um militante das questões ambientais no sentido convencional dessa expressão,contribuiu muito para uma maior conscientização sobre a importância de preservar a natureza, alem é claro de ter conseguido colocar em forma de música um universo sonoro e poético voltado para esse ambiente.O maestro Heitor Villa-lobos surpreendeu o mundo com seus sons exóticos, com suas composições maravilhosas e monumentais que representam a natureza com toda a sua força e leveza, também foi pioneiro nas questões da brasilidade. Essa busca o fez viajar pela Amazônia e por todo o Brasil, coletando material para as suas pesquisas musicais , rítmicas e folclóricas.Essa riqueza musical na sua bagagem e toda a sua genialidade o fez ser reconhecido com o maior compositor das Américas.O bruxo dos sons Hermeto Pascoal , é para mim o músico que melhor expressa a natureza em forma de sons, e a sua genialidade o faz transmitir essas imagens de uma forma muito viva e orgânica. Levando porcos e papagaios para o estúdio ,consegue de uma forma harmônica, integrar bichos e músicos.Posso dizer que foi a música que me levou a ter uma consciência mais ampla sobre a integração do homem com a natureza,embora eu também não seja um militante das questões ambientais. Através da minha música tento dar uma contribuição ainda que pequena para o despertar de uma maior consciência. Quanto mais eu vivo e penso a natureza, faço composições que tentam traduzir essas imagens e isso acaba me levando a um maior nível de sensibilidade e consciência.
Nas minhas composições tento ir por um caminho mais lúdico.Talvez a minha visão seja a de uma criança que vê na natureza todo um mundo mágico. Hoje tenho certeza que existem forças que lutam regem e protegem a natureza e Tento traduzir isso em forma de sons.Hoje não há tantos motivos para rir. A natureza está sumindo ,os rios estão sendo poluídos e as florestas estão sendo devastadas....mas apesar de tudo isso, acho importante não perdermos a alegria. A mesma alegria que sentimos quando escutamos o canto de um pássaro, quando tomamos banho de rio...
jobim link:
Avattá Link:

2 comentários:

Clarissa Torres disse...

Pois é, Marceleza!
Essa é uma questão que angustia por demais...
Sempre fui ligada à Natureza. Meu pai foi criado na roça e nos dotou dessa paixão pelo cheiro de bosta de vaca! rsrsrs
Mas, muito maior do que esse amor nostalgico, é a preocupação com a fonte de vida. Se não cuidarmos em tempo do sistema macro que é a Mãe Natureza, o sistema micro Mãe (Homem/Mulher) também sera destruido. Se bem que ja estamos conseguindo destruir o homem, desde que existimos! (Mas essa é uma outra questão).
Agora, preciso registrar que sua musica passa por essa defesa, sim! Ela tem cheiro de mato, de gente simples, de caminhar com pés no chão.
Tem idas à Santo Amaro, à Barra da Estiva e Chapada Diamantina e ao mundo inteiro!
Bjs

Luís Sérgio dos Santos disse...

Marcelo,
é muito bom estar lembrando das contribuições de grandes artistas em alertar sobre a necessidade de um cuidado maior com a natureza.

Inseri nas notícias do Palavrarte.

Abração.